Murphy realmente existiu!

Eles todos não foram capazes de prever todos os imprevistos da viagem de volta. Começou tranqüila, gotas de chuva batendo no vidro do carro, música para acalmar os ânimos, colos e cafunés. De repente, seu querido meio de transporte decide que não quer mais engatar, e eis que o sufoco começa. Em quinta eles conseguem chegar em um posto na beira da rodovia, e a solução mais óbvia é: chamamos o seguro e vamos até Campinas guinchados. O seguro atende o telefone, mas a resposta demora, eis que o segundo imprevisto ocorre, a apólice estava vencida. E agora? Decidem tentar a sorte e vão dirigindo até Campinas em quinta. Cada pedágio atravessado era um suspiro de alívio, até que finalmente eles chegam em Sumaré e um dos passageiros desce do carro. Ela deita no banco e dorme um sono pesado, mas não pesado o suficiente para sobreviver ao próximo daqueles imprevistos. Ela acorda com um "PAH", batendo a cabeça no cinto do namorado e levantando assutada com o motorista xingando. O que aconteceu? Bateram no carro! Ela olha para fora e três viaturas da polícia militar fecham um fox alguns metros à frente. Descem policiais armados e um deles manda seguir caminho, e eles o fazem. Já um pouco depois de toda essa confusão param no acostamento para ver o que havia acontecido. Um amassado na traseira e eis que o porta-malas com todos os pertences dentro não abre. Quem bateu no carro? Foi a viatura da polícia! Vamos ligar para a polícia e ver o que fazer então! Eles ligam e descobrem que a solução é voltar ao lugar do acidente, aquele com 12 policiais com arma em punho e decidem que o prejuízo talvez acabasse se tornando maior do que já era. Enfim chegam em casa, sãos e parcialmente salvos. No fim das contas, uma pancada no porta-malas acabou por desemperrá-lo e os pertences foram devidamente retornados. Mas eles com certeza não imaginavam, ao sair de Ribeirão Preto naquele domingo chuvoso, que no fim do dia acabariam parte de uma perseguição policial em plena rodovia Anhangüera. É, Murphy realmente existiu!

(história verídica, diga-se de passagem)

//Stockholm Syndrome - Muse