Desmoronando

De repente bateu um sopro e o seu tão precioso castelo de cartas caiu, aquele mundo colorido e cheio de fadas e criaturas vindas direto dos contos de fadas. Seu refúgio tinha sido completamente destroçado e ela se sentia perdida, completamente sem rumo, sem saber por onde andar para onde olhar, no que pensar. Será que era tão responsável mesmo quanto achava? Será que era tudo aquilo que acreditava que era? Que a fizeram acreditar que era? De repente se sentia a pessoa mais inútil do mundo, se sentia irresponsável, incompetente, imatura, reclamona, mimada, e mais um milhão de outras coisas. Lutava valentemente contra esse sentimento, mas tudo a dizia que estava enganando a si mesma, que tudo era mentira, que tinha se escondido dentro daquela tão adorada bolha, mas nunca mais havia saído de lá. Será que mentira todo esse tempo para si mesma? Começava a acreditar que sim, e aquela sensação de Você consegue que a inflamava há algumas horas atrás desaparecia tão rápido que em segundos a sensação era de que nunca havia existido. A vontade era se enfiar dentro de um buraco e nunca mais sair, mas não podia fazer isso, precisava enfrentar as coisas e mudar. A mudança era grande e difícil, ela só esperava que o apoio permanecesse lá com ela, durante todo o processo e depois dele, porque o que ela mais temia, era perder as poucas pessoas que realmente importavam na sua vida.